12 de abril de 2010

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans.Na grande maioria dos casos de leptospirose (cerca de 90% deles) a evolução é benigna.
Os roedores e outros mamíferos silvestres, podendo também ser transmitido por fezes de cães e gatos. Esses animais, mesmo quando vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos e eliminar a bactéria junto com a urina.
Qualquer pessoa de todas as idades e em ambos os sexos poderão ser contaminados.
As manifestações em geral aparecem entre 2 e 30 dias após a infecção. Ela tem um período de incubação médio de dez dias.
Os sintomas:
Febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia são freqüentes, podendo levar à desidratação. É comum que os olhos fiquem avermelhados (hiperemia conjuntival) e alguns doentes podem apresentar tosse e faringite.A maioria das infecções ocorre através do contato com águas de enchentes contaminadas por urina de ratos. Locais com rede de esgoto ineficaz e coleta de lixo inadequada facilitam o contágio após as inundações.
O tratamento da pessoa com leptospirose é feito fundamentalmente com hidratação. Quando o diagnóstico é feito até o quarto dia de doença, devem ser empregados antibióticos (doxiciclina, penicilinas) que reduzem as chances de evolução para a forma grave. As pessoas com leptospirose sem icterícia podem ser tratadas em casa. As que desenvolvem meningite ou icterícia devem ser internadas. As formas graves da doença necessitam de tratamento intensivo.
Ainda não há qualquer tipo de vacina para a prevenção da doença.
O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido evitando-se o contato ou ingestão de água que possa estar contaminada com urina de animais. Bebidas como água mineral, refrigerantes e cervejas não devem ser ingeridas diretamente de latas ou garrafas sem que essas sejam lavadas adequadamente.

Colite Úlcerativa

A colite ulcerativa é uma forma de doença inflamatória no intestino, que especialmente causa episódios de inflamação da mucosa do cólon. A inflamação quase sempre afeta o reto. Não há causa conhecida para a colite ulcerativa, porém presume-se que haja um componente genético para a sua susceptibilidade.Tem um desenvolvimento geralmente intermitente, com períodos de inatividade alternados com ataques súbitos da doença.
Há um aumento significativo no risco de câncer colorretal em pacientes com colite ulcerativa depois de 10 anos. É recomendado que pacientes passem por colonoscopia com biópsias para procurar por displasia depois de oito anos com colite ulcerativa.
O tratamento da colite ulcerativa depende da severidade da doença. Em termo gerais, o tratamento é através de imunosupressão (supressão do sistema imunológico), embora colectomia (remoção parcial ou total do intestino grosso) ocasionalmente seja necessária.
A doença cursa com inflamação destrutiva de toda a parede do colon e reto, de forma contínua (diferentemente da doença de Crohn). Inicialmente limita-se à mucosa, mas depois surgem múltiplas pequenas úlceras na parede intestinal, devido à inflamação profunda.
A destruição da parede e das vilosidades gera uma diarréia de má-absorção, por vezes com sangue ou muco, e acompanhada de febre e dores abdominais, e por vezes vómitos e náuseas. É comum o tenesmo, ou sensação de que o reto ainda tem fezes mesmo após a evacuação estar completa.
Os períodos sintomáticos alternam com períodos alargados sem qualquer sintoma. Muitos indivíduos apresentam progressão lenta e lesões mínimas, outros rápida ou mesmo fulminante com problemas agudos possiveis adicionais como desidratação e anemia. Num terço dos casos todo o cólon está afetado, nos restantes algumas áreas são poupadas.São ainda frequentes as fissuras anais (15% dos casos) ou abcessos retais.
A mortalidade é baixa (5% após 10 anos de doença) se o doente é acompanhado e tratado. Cerca de 25% sofrem ataques severos com necessidade de colectomia nos primeiros anos.

Tuberculose

A tuberculose é uma infecção causada pelo bactéria Mycobacterium tuberculosis, a qual mais comumente afeta os pulmões (tuberculose pulmonar), mas também pode atingir o sistema nervoso central (meningite), sistema linfático, sistema circulatório (tuberculose miliar), sistema geniturinário, ossos e articulações.É uma das infecções mais comuns e mortais atualmente, principalmente nos países em desenvolvimento. Porém, os países em desenvolvimento não são os únicos lugares com tuberculose. Há um número em elevação de pessoas nos países desenvolvidos que contraem tuberculose devido ao sistema imunológico enfraquecido, geralmente como resultado de drogas imunodepressivas ou HIV/Aids.A maioria das pessoas infectadas (90%) tem a infecção latente assintomática. Há 10% de probabilidade que durante a vida a tuberculose latente progrida para doença de tuberculose ativa a qual, se não for tratada, mata mais de 50% das vítimas.
A tuberculose é transmitida por gotículas aerossóis com a doença tuberculose ativa nos pulmões quando a pessoa tosse, fala, espirra ou cospe. Pessoas com contato próximo àquelas com tuberculose sofrem maior risco de contaminação.
Ao contrário do que muitos pensam, a tuberculose tem cura. Desde de 1944 se conhece os medicamentos capazes de curar a tuberculose.O tratamento da tuberculose é prolongado, durando no mínimo seis meses, e na maioria dos casos não é necessária a hospitalização.
O uso de medicamentos inadequados ou administrados irregularmente, ou em doses inadequadas é causa importante de não cura da doença.

Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.

Tipos:
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação:
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Vaginite

O que é vaginite?
Vaginite é uma inflamação dos tecidos da vagina. Quando a vulva (camada de pele que recobre a abertura da vagina) também inflama chama-se vulvovaginite.
A vaginite pode ocorrer em mulheres de todas as idades.

Como ocorre?
A vaginite pode ser causada por diversos organismos que infectam a vagina e também por substâncias irritantes, tais como o sabonete ou talco.
Alguns microorganismos que causam a vaginite são sexualmente transmissíveis.
São exemplos desses microorganismos que infectam a vagina:

- Um fungo chamado Candida albicans produz um corrimento espesso e esbranquiçado.
- Um protozoário (uma classe de animais microscópicos) denominado Tricomonas vaginalis que causam um corrimento vaginal espumoso e mal cheiroso.
- O crescimento exagerado de uma bactéria que normalmente é encontrada na vagina saudável pode gerar um corrimento mal cheiroso que lembra peixe estragado.
A vaginite também pode ser causada devido ao estresse psicológico, má higiene e vários outros irritantes, incluindo:

-Preservativos e diafragmas.
-Cremes, espumas e gel espermicida.
-Produtos de higiene íntima, tais como desodorantes íntimos ou talcos.
-Duchas
-Roupas que retém a transpiração tais como meia-calça de nylon e semelhantes.
-Absorventes internos
-Objetos eróticos
-Lesão física da área da vagina.

Diagnóstico
O diagnóstico é obtido em exames realizados no consultório e laboratório que podem incluir a análise do corrimento vaginal, exame de urina e diversas culturas.
Objetivo do tratamento é eliminar os microorganismos ou irritantes que estejam causando os sintomas.

Endometriose

Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação.
Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas ( atrás do útero ), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis.Cerca de 40% das mulheres com o problema são inférteis.
Incidência:
a)10% a 15% das mulheres em geral sofrem do problema;
b)25% das mulheres acima de 35 anos têm endometriose;
c)Em 79% dos casos, o tecido se instala nos ovários;
d)Mulheres brancas, acima dos 20 anos, têm maiores chances de sofrer de endometriose.

DISTÚRBIOS PIGMENTARES

Pigmentos: (do latim "pigmentum") - Substâncias de composição química e cores próprias, amplamente espalhadas na natureza, também encontradas nas células e tecidos, sob a forma de grânulos, alguns com importantes funções, mas que em determinadas circunstancias podem constituir cause ou efeito de alterações funcionais.

Pigmentos endógenos: Oriundos de substancias que fazem parte da organização corporal, sendo produtos específicos da atividade celular. Substancia corada que é produzida dentro e pelo próprio organismo.

Pigmentos exógenos: Oriundos do exterior, que introduzidos no organismo por ingestão, inalação ou inoculação, se depositam nos tecidos, funcionando como corpos estranhos, sendo fagocitados por macrófagos ou drenados por vasos linfáticos.

Os distúrbios da pigmentação decorrem de:

Alterações na formação do pigmento (hiper ou hipoprodução);
Alterações na distribuição (localização anormal);
As pigmentações patológicas ocorrem em numero considerável de doenças, mas o pigmento em si raramente ocasiona alterações histofisiológicas significativas (i.e. raramente é causa de problema, é mais um sinal deste!). Exceção: Hemocromatose.

PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS EXÓGENAS:
De acordo com a via de introdução do pigmento no organismo:
Via inoculação (cutânea):

Tatuagem: Pigmentos exógenos insolúveis (nanquim, carvão, etc), introduzidos por agulha com propósitos decorativos ou identificadores. Histologicamente o pigmento é visto como pequenos grânulos fagocitados por histiócitos ou retidos no tecido conjuntivo fibroso.

Via ingestão (oral):


Argirismo ou argiria: Intoxicação com sais de prata ("Argentum"); mais comumente associada à administração excessiva e prolongada durante o já' ultrapassado tratamento de cistites, coccidioses e oftalmias; com deposição nos glomérulos renais, glândulas sudoríparas e sebáceas e derme superficial de complexos prata - proteína, produzindo uma pigmentação cinzenta azulada permanente na pele e mucosa oral. 
Plumbismo ou saturnismo: Intoxicação com sais de chumbo ("Plumbum"); mais comumente associada à ingestão de capins contaminados com fumaça de fundições ou com água poluída por minas de chumbo; com deposição de sulfeto de chumbo nos ossos (principalmente no fêmur) e na mucosa oral odonto - gengival produzindo uma linha escura -"Linha do chumbo", alem de graves lesões no sistema hematopoiético, no SNC e nos rins.

Pigmentação bismútica: Intoxicação com sais de bismuto; mais comumente associada ao tratamento com compostos bismúticos ou como doença profissional; com deposição de sulfureto de bismuto principalmente nas gengivas com o aparecimento da "linha bismútica".

Carotenose ou Lipocromatose exógena: A ingestão excessiva de pigmentos vegetais (caroteno, xantofila, etc...) lipossolúveis (cromolipídeos ou lipocromos exógenos) determina coloração amarelo - pálido na pele e vísceras, sem efeitos deletérios conhecidos. É freqüente em eqüinos e bovinos jérsei e guernsey (cuja gordura é mais amarelada) e em aves cuja ração tenha sido adicionados pigmentos como aditivos (com propósito$ comerciai$). As células que mais captam tais pigmentos são as células epiteliais da adrenal, dos testículos e da vesícula seminal, as luteínicas do corpo lúteo, as células de Kupffer do fígado, as células ganglionares e os adipócitos. A quantidade de carotenóide nos tecidos variam conforme a espécie e está na dependência da eficiência relativa na conversão de caroteno para vitamina A. A carotenose deve ser diferenciada da icterícia e da esteatose com base na seguinte prova:

Fragmento
Copo com água e éter + Agitação
1. Fragmento flutua = Esteatose
2. Éter se cora = Carotenose
3. Água se cora = Icterícia